sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Marco Paulo no primeiro dia de Outono (ontem)

Se há rubrica que me anima no infernal transito de manhã, é a caderneta de cromos do Nuno Markl. Os míticos anos 80 ganham um brilho especial, em cada dia é abordado um clássico, desde o menino da lágrima, às bombocas e às calças de fazenda...

Um dos cromos desta semana era trilogia feminina do Marco Paulo. Ou seja as três músicas do cantor que têm nomes de mulheres: Anita, Joana e Susana.

A crónica tinha sido gira, o melhor ainda estava para vir. O autor (sem saber) mudou para sempre a vida de uma doce família…

No dia seguinte Nuno Markl não resistiu a ler um dos comentários deixados no facebook. A ouvinte descobrira naquela manhã que a mãe se inspirara no Marco Paulo para dar os nomes a si e às duas irmãs: Anita, Joana e Susana… coincidência… não…de todo!

Cá está a prova de como um programa de rádio pode traumatizar para sempre… ver para crer!


A ANITA...
Na versão Gato Fedorento: Tesourinhos Deprimentes



Oh JOANA...




E por fim...
SUSANA

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Estereótipos de género

Os homens gostam de futebol. As mulheres gostam de compras.

Dúvidas? Nenhumas. Vejamos um simples estudo de caso.

De olhos a brilhar (de contentamento) o género feminino foi deixado no Dolce Vita Tejo. Os primeiros quarenta minutos foram passados ao telefone, enquanto fazia reconhecimento do local. Restavam-lhe cerca de três horas mais, para ver, experimentar, decidir, optar, escolher, e deixar umas ideias em carteira para uma visita futura.

O género masculino foi directo para o Estádio da Luz, assistir ao Benfica (2) – Sporting (0), na bancada central.

O reencontro de ambos não podia ter sido mais satisfatório. Duas mãos cheias de sacos. Um Benfica vencedor.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Having a bad hair day

Há dias em que acordamos e em temos um problema: o nosso cabelo está indomável!

Ou é a electricidade estática, que nos põe de cabelos em pé. Ou é o remoinho na testa que o espeta para o lado. Está demasiado encaracolado. Está demasiado liso. Está demasiado volumoso. Está demasiado lambidinho. Não o conseguimos lavar. Lavamo-lo e o processo de secagem foi caótico.

Mas temos de sair de casa…

É então que nos tornamos obcecados com os reflexos. Os vidros das montras. O espelho retrovisor do automóvel. O monitor do PC… Mexemos e remexemos. Os homens põe-lhe água, as mulheres atam e desatam com elásticos, põem e tiram ganchos… vale tudo… menos dar uma tesourada!

Nesse dia temos uma sessão de fotos para o cartão do cidadão, para o cartão da empresa, para um artigo que escrevemos para uma revista, ou simplesmente há um colega que faz anos e que quer cristalizar o momento.

Nesse dia temos uma entrevista de trabalho, uma reunião com a direcção da empresa, ou simplesmente convidam-nos de surpresa para um jantar romântico.

Olhamos o nosso reflexo mais uma vez. Temos vontade de enfiar um saco de plástico na cabeça e ficar ali debaixo sem que nos aborreçam… porque raio é que todas as coisas importantes têm de acontecer enquanto temos um “bad hair day”?

Bem… pior que um “bad hair day”… só se for um “bad hair cut”!!!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Episódio na fila de trânsito


17h30, fila na ponte 25 de Abril. O regresso à outra margem corria como previsto. Paradinha logo na saída a seguir a Monsanto. Eis que um carro pára ao meu lado. O vidro estava aberto, pelo que ouvi chamarem por mim. Um casal de septuagenários, muito caricato e simpático perguntou-me:

- Oh menina! Onde é que é a fila para a ponte? (diz o senhor)
- É esta… (respondi)
- A menina deixa-nos entrar na fila, por favor?! (diz a senhora)
- Com certeza pode passar! (respondi)
- Obrigado Amori! (diz o senhor)

Entraram na fila e quando nos separamos mais à frente, o senhor de braço de fora gesticulou um frenético adeus de agradecimento.

A isto chama-se “condução fraterna” (afinal somos todos irmãos). Ou condução com boas maneiras, onde imperaria o “com licença” e “obrigada”!

A verdade é que as mais das vezes o volante nos transforma… não em seres cor-de-rosinha, mas em ferozes monstros capazes de chacinar o condutor infractor, abusador, desatento, chico-esperto… os nossos instintos selvagens despertam e tornamo-nos PERIGOSOS!!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Um ano de Teorias Sem Garantia

Há coisas que nos motivam. O meu Teorias Sem Garantia motiva-me. Dá-me vontade de escrever disparates e impropérios, delírios e desabafos, anedotas e filosofias.

Longe de ser um diário, diria que tenho uma mais uma espécie de opiário, onde se espelham alucinações alimentadas pelas personagens com que me cruzo todos os dias. São textos que acima de tudo visam caricaturar e estereotipar… a vida!

O giro de se ter um tratado de filosofia barata, é poder escrever desde o assunto mais erudito ao mais brejeiro.

Não o que queria demasiado sensível, nem demasiado estúpido, nem demasiado vazio, nem demasiado profundo. Queria qualquer coisa que desse para reflectir… Consegui. Às vezes com mais originalidade, outras com menos!

Obrigada, aos seguidores, assumidos e incógnitos!

Um ano depois, 114 posts colocados… as teorias continuam.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A vida num teledisco


Entramos no carro. Colocamos a chave na ignição. Deixamos as janelas fechadas. Um dos nossos CD’s favoritos começa a tocar. E assim somos transportados para o nosso teledisco. Que na verdade nem é nosso. São os outros que preenchem as notas musicais que ouvimos. Dão-lhes cor. Emprestam a sua figura, e a sua existência para nós nos abstrair-nos da nossa… e realizarmos espontaneamente uma película.

A música enche o ar…e conseguimos respirá-la e deixar que nos entre em cada poro. Então começamos a olhar para a paisagem. A nossa cabeça fica vazia. Focamo-nos nas pessoas… e naquilo que nossos olhos retêm durante os escassos segundos que as vislumbramos enquanto passamos de carro por elas.

O cão. A senhora gorda com o vestido justo. Um par de seniores com um ar esguio que faz jogging. As folhas que se agitam nas árvores. As nuvens brancas que rasgam o céu azul. O autocarro que pára na paragem. Um casal de mãos dadas que passeia devagar. A velhinha sentada a ver passar o trânsito. E o alcatrão que passa por baixo das nossas rodas.

Todos estão lá menos nós. Nós evadimo-nos numa espécie de teletransporte que nos permite por momentos pairar sobre tudo. Não existir. Contemplar. É então que a música acaba e descemos ao nosso corpo. Abrimos a janela e acaba-se a outra dimensão. Voltamos ao frenesim… À nossa realidade.

Mais tarde, ou amanhã faremos tudo de novo. Talvez a musica seja a mesma, mas os pormenores são outros. E são as diferenças que têm tanta piada!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Posturas pouco estáticas sobre cirurgia estética

Ora aqui está um tema sensível... superficial... mas extraordinariamente realista na sociedade em que vivemos. Bem na sociedade em que vivemos é como quem diz... já a Cleópatra, que nasceu em 69 a.C., era conhecida pelos seus banhos de beleza com leite de burra.

Há pessoas que não se importam com a linha cronológica do tempo, que se sentem mais experientes, que encaram a vida como um processo... um projecto... Outras não se conformam com a perda... e procuram uma espécie de elixir da eterna juventude!

Vale a pena rirmos disso!

POSTURAS POUCO ESTÁTICAS SOBRE A CIRURGIA ESTÉTICA

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mais um pensamento de Napoleão Bonaparte

Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir.

Napoleão Bonaparte (1769 - 1821)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Leonard Cohen

Leonard Cohen actua no próximo dia 10 no Pavilhão Atlântico. Uma voz envolvente e com um sex appeal inconfundivel... Deixo uma das minhas músicas favoritas.

I'm Your Man



If you want a lover
Ill do anything you ask me to
And if you want another kind of love
Ill wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
Im your man

If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
Ill examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
Im your man

Ah, the moons too bright
The chains too tight
The beast wont go to sleep
Ive been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or Id crawl to you baby
And Id fall at your feet
And Id howl at your beauty
Like a dog in heat
And Id claw at your heart
And Id tear at your sheet
Id say please, please
Im your man

And if youve got to sleep
A moment on the road
I will steer for you
And if you want to work the street alone
Ill disappear for you
If you want a father for your child
Or only want to walk with me a while
Across the sand
Im your man

If you want a lover
Ill do anything you ask me to
And if you want another kind of love
Ill wear a mask for you

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um pensamento de Napoleão Bonaparte

Nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro.

Napoleão Bonaparte (1769 - 1821)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A eterna figura feminina da vida de um homem OU o complexo de Édipo

Quem é que não conhece a história de Édipo. A célebre personagem da mitologia grega que mata o pai e acaba por casar-se com a mãe. Segundo a lenda o Oráculo de Delfos previra que Laio, rei de Tebas seria assassinado pelo filho que casaria com a sua mulher Jocasta. Assim que o menino nasceu Laio abandonou-o num monte e pregou-lhe um prego em cada pé de modo a tentar matá-lo.

Édipo sobreviveu acolhido por uma família. Anos depois consulta ele próprio o Oráculo e tem a mesma previsão. Então foge sem saber que fugia da família adoptiva. No caminho encontra um homem com quem se envolve numa briga, acabando por matá-lo. Mais tarde derrota a Esfinge, o monstro, que aterrorizava o reino de Tebas. Casa-se e tem quatro filhos.

O homem que matou era Laio, seu pai. E a mulher com quem casou era Jocasta, sua mãe.

Mais tarde Freud recuperou a mitologia e aplicou-a ao desenvolvimento da criança. O chamado complexo de Édipo. Por volta dos três anos, a criança começa a sofrer proibições e deixa de poder fazer certas coisas porque é já é maior. A figura do pai representa a ordem cultural, a censura. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige-lhe sentimentos de hostilidade. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo odeia-o porque tem ciúmes da mãe, e afirma querer casar com ela.

Quando existem várias crianças numa família, o complexo de Édipo expande-se e passa a ser denominado complexo de família. Quando os filhos crescem, um dos meninos pode, com efeito, tomar a irmã como substituta da mãe, a qual não pode possuir somente para si, porque não conseguiu vencer seu rival, o pai.

A forma como se resolve o complexo edipiano influenciará a vida afectiva futura. Casos excepcionais à parte... resquícios, ficam sempre!

Como dizia uma colega minha. Na vida de um homem para além da mulher há sempre outra mulher… uma mãe, uma irmã, uma filha, ou até uma amiga daquelas que se perdeu a conta aos anos que se conhecem… e por mais asininas e caprichosas que sejam as suas ideias, concepções ou comportamentos, para eles estas terão sempre razão, simplesmente porque Sim!

À mulher resta-lhe um conceito… capacidade de encaixe!