"Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos".
Anais Nin (1903-1977)
domingo, 28 de abril de 2013
quinta-feira, 25 de abril de 2013
A insustentável leveza do ser…
Como é que um autor cria um romance? Dei por mim a pensar nisto ao ler uma página da insustentável leveza do ser. Acho que foi a segunda vez que abri a boca de espanto envolvida numa história. Recordo-me perfeitamente da primeira, quando no ensaio sobre a cegueira a personagem ficou cega parada num semáforo.
Desta vez sai de imediato da história e dei por mim a imaginar Milan Kundera a escrever a cena: “Pôs-se a recuar a toda a velocidade no arrozal. Calcou uma mina. Ouviu-se uma explosão e o seu corpo desfeito em pedaços voou pelos ares, aspergindo uma chuvada de sangue a intelligentsia internacional”.
Vi-o freneticamente a bater as teclas de uma pesada máquina de escrever, envolto na penumbra de uma luz amarela, durante a noite, com uma nuvem de fumo em redor da cabeça, enquanto criava e materializava uma cena tão real no seu imaginário como na vida das suas pessoas. Matou nessa noite aquele “fotógrafo” com a mesma leveza com que as outras personagens da cena seguiram o seu caminho e “voltaram a pôr-se em marcha”.
Voltei umas páginas atrás pois recordava-me de ter lido sobre a forma como criava as suas personagens “Todas sem excepção atravessam uma fronteira que eu só contornei. (…) O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que a vida humana é nesta armadilha em que o mundo se converteu”.
Acho que é esta esquizofrenia que nos atrai nos nossos autores favoritos. Através deles atravessamos as fronteiras que o nosso ser não consegue pela forma como está preso ao corpo, à matéria, à sua própria existência. Já a imaginação faz-nos SER tudo.
Vi-o freneticamente a bater as teclas de uma pesada máquina de escrever, envolto na penumbra de uma luz amarela, durante a noite, com uma nuvem de fumo em redor da cabeça, enquanto criava e materializava uma cena tão real no seu imaginário como na vida das suas pessoas. Matou nessa noite aquele “fotógrafo” com a mesma leveza com que as outras personagens da cena seguiram o seu caminho e “voltaram a pôr-se em marcha”.
Voltei umas páginas atrás pois recordava-me de ter lido sobre a forma como criava as suas personagens “Todas sem excepção atravessam uma fronteira que eu só contornei. (…) O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que a vida humana é nesta armadilha em que o mundo se converteu”.
Acho que é esta esquizofrenia que nos atrai nos nossos autores favoritos. Através deles atravessamos as fronteiras que o nosso ser não consegue pela forma como está preso ao corpo, à matéria, à sua própria existência. Já a imaginação faz-nos SER tudo.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Um pensamento de Vergílio Ferreira
"Vive o Dia de Hoje! Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ou o papel urgente da retrete quando não houver outro."
Vergílio Ferreira (1916-1996), in Escrever
domingo, 21 de abril de 2013
Desafio Doce e Gelado * 2 * Magnum, Loving Kiss
Gelado nº2
Magnum, Loving Kiss, Meringue et Fruits Rouges
Bom...
...mas decididamente gelados de fruta não são a minha praia!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Um pensamento de Jean Commerson
O medo é um microscópio que aumenta o perigo.
Jean Commerson (1802 -1879)
Jean Commerson (1802 -1879)
domingo, 14 de abril de 2013
Desafio Doce e Gelado * 1 * Magnum, First Kiss
Decidi esta Primavera/Verão finalmente levar a cabo um desafio Doce e Gelado... experimentar todos os gelados do cartaz Olá 2013. Não vale repetir até acabar a lista.
Gelado nº 1
Magnum, First Kiss, Crème Brûlée
Um delírio para quem Adora caramelo!!!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Há pessoas... e pessoas!
"Há pessoas tão aborrecidas que nos fazem perder um dia inteiro em cinco minutos." (Jules Renard - 1864-1910)
Não podia estar mais de acordo. Há uns quantos seres que nos cansam só de trocarem meia dúzia de palavras connosco. Articulam impropérios capazes de irritar as pedras da calçada. Ou simplesmente capazes de fazer fugir as pedras da calçada.
E depois há as outras...
... Aquelas que nos fascinam e nos fazem ganhar um dia inteiro num segundo.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Mais um pensamento de Victor Hugo
Não imites nada nem ninguém.
Um leão que copia um leão torna-se um macaco.
Victor Marie Hugo (1802-1885)
Um leão que copia um leão torna-se um macaco.
Victor Marie Hugo (1802-1885)
domingo, 7 de abril de 2013
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