segunda-feira, 29 de março de 2010

Um pensamento de Ashley Montagu

Sem amor, a inteligência é perigosa.
Sem inteligência, o amor não é suficiente.

Ashley Montagu (1905-1999)

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Ai ai ai que eu passo-lhe uma multa"


Os meus encontros com a polícia são autênticos episódios de tragicomédia. Há um super agente da autoridade e uma cidadã com um ar de gato das botas, a quem ameaçam autuar. Não posso deixar de ficar irritada.

Se é para multar é para multar. Se é perdoar é para perdoar. Se é uma operação stop é uma operação stop. Agora pára aí para eu te puxar as orelhas?...“Claro que fico chateada!” Não há paciência nem nervos que aguentem.

Esta manhã foi impagável. Depois de 1h30 de trânsito intenso, com uns largos pingos de chuva à mistura e a sorte de não me ter envolvido em nenhum acidente… Eis que entro em Lisboa e paro em mais uma fila. Pego no telemóvel em alta voz, porém mantenho-o agarrado com as mãos às “10m para as 2h”ao volante.

É então que duas motas da polícia param ao meu lado. Um deles olha-me com um ar fulminante, ao qual eu não reajo. Então o agente manda-me parar. E deixa-me entregue ao colega de trás que ficaria a tomar conta da ocorrência.

Depois de eu ter ficado vermelha, e confesso que irada, o senhor agente lá me diz “Sabe com quem está a falar?”. Pede-me todos os documentos, o triângulo e o colete. Lá saio de dentro do carro,e o agente continua a gritar “A senhora não percebe que não podia vir com o telefone na mão? E EU NÃO GOSTEI DA FORMA COMO FALOU COMIGO. Eu já levei uma chuvada que fiquei todo molhado, já pus a minha vida em risco, blá, blá, blá”… Bem, afinal eu estava a falar com um herói e não sabia.

Respondi-lhe que não sabia que não podia vir com um objecto na mão… E ele diz-me “Bem eu vou-lhe perdoar só porque o meu colega “foi” para um acidente, eu tenho de ir acompanhá-lo para ele não ficar sozinho”.

Na semana anterior estava eu a sair da ponte, no dia em que decorria uma operação da ASAE, é então que mais um feroz agente da autoridade que estava a ajudar o trânsito a fluir, teve um rasgo de profissionalismo e me diz “Encoste”. Olhei para o vidro e percebi que não tinha colado o selo da inspecção. “A sua carta… A senhora tem de colar o selo ou vai ser sempre mandada parar!!!”.

Tirando estas já tive outras amnistias, nomeadamente quando não tinha os documentos todos na mesma morada.

Todas as vezes respondi “Obrigada…. (snif)”. Mas obrigada o quê?

Se há coisa que me irrita são estes laivos de autoritarismo. Se me querem autuar é muito simples: Encoste por favor. Facto: Irregularidades ou prática de um acto ilícito. E passem a multa. Ponto final parágrafo. Agora puxões de orelhas?????

Em todas as histórias parece que há um ponto em comum. A demonstração de poder pelo perdão. Afinal o perdão é o verdadeiro poder. É isso que me enerva ter de agradecer o perdão face a actos de autoritarismo gratuito.

E agora eu ia escrever “Da próxima vez que se lixe. Não ponho cara de gato das botas, e levo com a multa”… MAS acabo de me lembrar que tenho um médio a fazer mau contacto, e que tenho conduzido à noite ao bom estilo de pirilampo – a acender e apagar.

Com este calcanhar de Aquiles tenho de repensar a estratégia… pronto vá podem-me perdoar mais uma vez!!!

domingo, 21 de março de 2010

Dream about me…

Ter alguém que sonhe connosco é uma espécie de afrodisíaco que nos mantém com uma aura iluminada. Claro que a aura só se ilumina se nós sonharmos também. Não há nada pior do que sonhos que não sejam correspondidos, por norma transformam-se em pesadelos… é uma sorte termos sempre hipótese de acordar!!!





MOBY - Dream About Me

Babe
Oh, dream about me
Lie... on the phone to me
Tell me no truth
If it is bad
There's enough in my life
To make me so sad

Just dream about
Color fills our lives
Just dream about
Someone else tonight

Babe
Oh, dream about me
On the phone
Talking quietly
I wanna be yours
Oh, won't you be mine
Against red skies
For all time

So dream about... us
When we're old
Just dream about
How I will let go

Hand...
Hand...

And babe
Oh, dream about me
Lie, on the phone to me
Tell me no truth
If it is bad
There's enough in my life
To make me so sad

Just dream about
Color fills our lives
Just dream about
Someone else tonight

Just dream about
Color fills our song
Just dream about
How I will let go

quinta-feira, 18 de março de 2010

Previsão Meteorológica para 5ª Feira, 18 de Março de 2010

As previsões são semelhantes para as Regiões a Norte e a Sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela: céu geralmente muito nublado; períodos de chuva fraca; vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) do quadrante sul, soprando moderado a forte (30 a 45 km/h) nas terras altas. Subida da temperatura mínima. Agravamento das condições climatéricas para o fim-de-semana.

SIM... VAI VOLTAR A CHOVER! E porque não encará-lo com romantismo?

domingo, 14 de março de 2010

Um pensamento de Miguel Ângelo

Espero ser sempre capaz de desejar mais do que posso alcançar.

Miguel Ângelo (1475-1564)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não há pessoas desinteressantes


Até há pouco tempo corroborava com uma visão simplista e manicaista, que dividia de forma um tanto quanto leviana os seres interessantes vs os seres desinteressantes.

Durante uma conversa recente dei por mim a exteriorizar uma posição nova. Não há pessoas desinteressantes. Há pessoas incompatíveis. Que em comum só falam a mesma língua, mas que se distanciam pela linguagem das motivações, das sensações e partilha de quadros mentais que encaixem.

O meu interlocutor, não se mostrou convencido. Mas eu convenci-me.

Se viver em sociedade é viver em grupo, é estabelecer relações de dependência, é um acto contínuo de partilha… Se essa mesma sociedade contempla uma panóplia de seres altos, baixos, loiros, morenos, gordos magros… Se crescer em sociedade é absorver valores conhecimentos, crenças… astrológicas, cristãs, pagãs… Numa palavra diversidade. É porque há algures muitos seres compatíveis entre si… e por outro lado muitos seres totalmente distintos de outros seres.

Por norma é com os primeiros que queremos passar tempo. Passar o tempo que comandamos, em que podemos escolher com quem falar, com quem rir, com quem interpretar um texto, ouvir uma música, mirar uma paisagem, comer um doce, beber um café, passear num dia de vento, tirar uma fotografia…

A amizade é assim. Escolhemos rodear-nos de pessoas que para nós são interessantes, que num ou noutro ponto reflectem um bocadinho (o lado bom d)a nossa própria existência… e quanto mais reflectem mais gostamos delas. Porque aprendemos e ensinamos numa deliciosa dinâmica de troca gratuita, voluntária e quase desinteressada… Quase… porque no fundo só gostamos delas por terem o seu quê de brilhante.

Quanto aos outros, não nos damos ao luxo de perder tempo, nem de os perceber, nem nos interessa percebe-los… porque vêem o mundo com outras lentes… não os consideramos intelectualmente fascinantes, mas sim excessivamente limitados... e acima de tudo não fazem parte das peças do nosso puzzle… mas com certeza que arranjarão espaço na vida de outro alguém!
Mas não na nossa...

terça-feira, 2 de março de 2010

Cozinhar no masculino

Os tempos em que a mulher era a fada do lar já lá vão. Pelo menos entre as mulheres com tendência para a independência, e com alguns laivos feminismo. Sentir-me-ia tentada a dizer que é bem mais sedutor nos nossos dias um homem que saiba cozinhar, do que propriamente uma rapariga…

Não creio que as mulheres de hoje acenem como bandeiras de conquista serem boas cozinheiras, boas donas de casa, capazes de passar camisas sem um vinco, e já agora coser os buracos das meias com um ovo de madeira! Estas passaram a ser somente cerejas no topo do bolo!!!!

Pelo contrário, são os homens de hoje que têm de acenar com o lenço da capacidade de desempenhar tarefas domésticas, e não numa óptica de ajudar a mulher… Ora essa as responsabilidades têm de ser partilhadas! Ajudar é um verbo que não se conjuga no seio de uma família das novas gerações. O homem que não seja capaz de pronunciar a palavra iniciativa e partilha, conjugada em verbos como aspirar, limpar, arrumar, e cozinhar corre o risco de ver a sua essência reduzida a um só adjectivo: inútil.

(Esta teoria é aplicável em particular a casas onde as empregadas têm uma presença esporádica. Mas também se aplica, embora em menor escala, a lares em que as empregadas diárias sejam uma constante.)

Qualquer homem devia saber que saber cozinhar tem o seu quê de romântico, de atraente e até afrodisíaco. Revela a capacidade criativa e a sensibilidade masculina. Denota autonomia, e mesmo que de forma inconsciente faz com que a mulher pense que tem perante si alguém de horizontes largos… Não se associe o verbo cozinhar a complicar. Basta saber fazer, mesmo que seja uma salada de ovas, ou uma salada de frutas ímpar.

E assim termino com uma receita que me foi dada pela minha caríssima Ruanita. Simples, prática e muito nutritiva…

SOPA DE PEIXE
Batata, cebola, um dente de alho, alho francês, cenoura, tomate (no caso de a sopa ser consumida no próprio dia, caso contrário azeda), coentros, lombos de pescada (ou outro peixe), sal q.b., azeite.

Cozem-se todos os legumes, junto com os lombos de pescada, e uma pitada de sal. Retiram-se os lombos de pescada e trituram-se os legumes. Desfiam-se os lombos em lascas grossas e misturam-se com o puré já triturado. Rega-se com um fio de azeite de deitam-se coentros a gosto. Depois de levantar fervura, deixar cozer um ou dois minutos.

Et voilá… pronta a servir!

Nota: Quem quiser pode acrescentar miolo de camarão, de berbigão, de mexilhão, ou mesmo delícias do mar. Estes podem ser adicionados já depois da sopa estar triturada uma vez que o tempo de cozedura é inferior. Neste caso não voltar a colocar de imediato as lascas de peixe, nem os coentros, que devem ser colocados sempre no final.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Um pensamento de Félicien Marceau

A felicidade é saber o que se quer...
E querê-lo apaixonadamente!

Félicien Marceau (1913)