Morreu ontem Angélico Vieira, actor e cantor. Foi-lhe declarada morte cerebral depois de um grave acidente de automóvel. O valor da vida de Angélico tem o mesmo valor que a de um jovem desconhecido, menos belo e sem perspectivas de um futuro brilhante.
A verdade é que criamos empatia por esta figura com um ar tão simpático que nos entrava pela casa dentro. 28 anos é tão pouco tempo, para alguém que tinha uma alma cheia e tantos projectos por concretizar.
Em Dezembro de 2000 aos 29 anos Miguel Ganhão Pereira, jornalista da TVI, decidiu pôr termo à vida. Suicidou-se, atirando-se da ponte 25 de Abril. Rumores da época diziam que não se achava suficientemente bom para continuar vivo…
Existir é injusto. Um escolheu morrer. O outro queria tanto estar vivo, e em segundos desapareceu.
Passamos pela terra sem nos darmos conta da pequenez do ser humano, de quão impotentes somos perante um destino em fúria. Pensamos que decidimos, escolhemos e temos controlo sobre nós. E temos controlo. Mas um controlo tão frágil e efémero… porque somos simplesmente tão frágeis e efémeros.
Há dias vi um documentário sobre Saramago e Pilar, em que esta dizia algo mais ou menos assim “Dizem-nos para abrandar o ritmo. Mas porquê? Nós dormimos e acordamos revitalizados para o próximo dia. Querem que o Saramago fique sentadinho com uma manta de riscas nas pernas? Vamos ter toda a eternidade para descansar… e nem fazemos ideia de quanto tempo é a eternidade…”
Não devemos perder a vontade de criar, de imaginar, de sonhar, de sentir. Se calhar não devemos é temer a morte… é difícil, mas talvez devêssemos simplesmente viver todos os dias como se fosse o último. Fazer coisas que nos fazem sentir bem e aproveitar cada grão de areia que escorre pela clepsidra.
Talvez cada um de nós tenha um destino traçado, talvez os “ses” não façam qualquer sentido, nem exista um verdadeiro livre arbítrio.
A VIDA NÃO TEM GARANTIA, e desconhece-se o seu prazo de validade. Seja quando for que a morte nos venha buscar, que apanhe seres fortes e cheios de esperança porque é dessa massa que deve ser feita a humanidade.
Tenho a certeza que o Angélico morreu preenchido, completo e cheio de esperança no futuro… com uma vida curta, mas feliz. É injusto… mas a justiça não é deste mundo.
A verdade é que criamos empatia por esta figura com um ar tão simpático que nos entrava pela casa dentro. 28 anos é tão pouco tempo, para alguém que tinha uma alma cheia e tantos projectos por concretizar.
Em Dezembro de 2000 aos 29 anos Miguel Ganhão Pereira, jornalista da TVI, decidiu pôr termo à vida. Suicidou-se, atirando-se da ponte 25 de Abril. Rumores da época diziam que não se achava suficientemente bom para continuar vivo…
Existir é injusto. Um escolheu morrer. O outro queria tanto estar vivo, e em segundos desapareceu.
Passamos pela terra sem nos darmos conta da pequenez do ser humano, de quão impotentes somos perante um destino em fúria. Pensamos que decidimos, escolhemos e temos controlo sobre nós. E temos controlo. Mas um controlo tão frágil e efémero… porque somos simplesmente tão frágeis e efémeros.
Há dias vi um documentário sobre Saramago e Pilar, em que esta dizia algo mais ou menos assim “Dizem-nos para abrandar o ritmo. Mas porquê? Nós dormimos e acordamos revitalizados para o próximo dia. Querem que o Saramago fique sentadinho com uma manta de riscas nas pernas? Vamos ter toda a eternidade para descansar… e nem fazemos ideia de quanto tempo é a eternidade…”
Não devemos perder a vontade de criar, de imaginar, de sonhar, de sentir. Se calhar não devemos é temer a morte… é difícil, mas talvez devêssemos simplesmente viver todos os dias como se fosse o último. Fazer coisas que nos fazem sentir bem e aproveitar cada grão de areia que escorre pela clepsidra.
Talvez cada um de nós tenha um destino traçado, talvez os “ses” não façam qualquer sentido, nem exista um verdadeiro livre arbítrio.
A VIDA NÃO TEM GARANTIA, e desconhece-se o seu prazo de validade. Seja quando for que a morte nos venha buscar, que apanhe seres fortes e cheios de esperança porque é dessa massa que deve ser feita a humanidade.
Tenho a certeza que o Angélico morreu preenchido, completo e cheio de esperança no futuro… com uma vida curta, mas feliz. É injusto… mas a justiça não é deste mundo.