quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tunísia… recomenda-se! – Parte I


As fotos dos guias turísticos que recomendam a Tunísia como destino de férias não ficam longe da luz que conseguimos captar neste país do Magreb.

Ficamos na zona nova de Hammamet. Ao longo da costa proliferam hotéis com centenas de quartos a escassos metros da praia. A água é límpida e o azul do mar encantador. Esta região do norte tunisino é no entanto demasiado turística e ocidentalizada, contrariamente ao sul onde os habitantes não encaram o turismo da mesma forma. Um rasgo de desilusão invadiu-nos à chegada, mas dissipou-se pouco tempo depois.

Na praia misturam-se as mulheres de bikini, com as mulheres de véu. Os fatos com que se banham na água são autênticos fatos de mergulho, à mostra ficam apenas a cara as mãos e os pés, muitas vezes pintados com desenhos retorcidos. Pelas ruas não vimos nenhuma burca, mas multiplicam-se as mulheres de véu.

As excursões, ainda que pensadas para visitantes conseguem-nos mostrar um outro lado da Tunísia, uma perspectiva real e repleta de contrastes. Estivemos em Tunis, a capital política do país desde o século X, Cartago, grande rival de Roma antiga fundada em 814 a.C. e em Sidi Bou Said, um local conhecido por inspirar pessoas das artes e letras, situado em cima de uma colina, onde predomina o azul e branco das casas, que são aliás as cores oficiais da habitação no pais.

O presidente, no poder desde 1987, é uma imagem comum em placares nas ruas e emoldurado nas lojas e nos átrios dos hotéis. A bandeira da Tunísia é outra constante pelo país. A religião oficial é a muçulmana. As linguas oficiais são o árabe e o francês.

Continua…