Benjamin Constant (1767-1830)
Qual é o sentido de duas pessoas estarem juntas se não acreditam que vão ficar juntas para sempre? O que o Amor tem de mais puro e a ingénua crença de que não terá fim. Se esta crença se desfaz em que é que se baseia tudo o resto? Em que é que assentam os projectos, em que base se constroem as etapas... talvez se solidifiquem no vazio de não desistir de lutar por qualquer coisa que não existe... que provavelmente nunca existiu e que dificilmente existirá. Vive-se no faz de conta, numa espécie de doença terminal que nos limita a perspectivar tudo como se não houvesse amanhã.