As cidades e vilas estão repletas de prédios com vários andares. Em cada andar vive um vizinho. Um vizinho: giro; simpático; esquisito; que tem um cão; que passa o dia à janela; que sacode freneticamente toalhas e tapetes na varanda; que faz questão de partilhar a ementa do dia, com especial destaque para o peixe assado. E um vizinho ruidoso…
O vizinho/vizinha ruidoso é sem dúvida o pior espécime que pode residir num prédio. Em especial se esse espécime habita directamente por baixo, por cima ou ao lado do nosso apartamento.
Estas criaturas são por norma dadas à exteriorização de emoções fortes. Eles discutem, gritam, arrastam a mobília noite e dia. Alguns deixam cair berlindes. Há ainda aqueles mereciam ser assinalados com uma bola vermelha no canto superior direito da porta em algumas horas do dia/noite.
Também há os que gostam de partilhar o seu gosto musical com todo o prédio. Nesta categoria por vezes inserem-se os vizinhos surdos cujo volume da televisão permite dar a conhecer as suas preferências televisivas a alguns andares do edifício. Os vizinhos com crianças, indirectamente, vêem-se categorizados como ruidosos dadas as dificuldades de silenciarem os pulmões dos bebés que choram, em particular no período da noite.
Muitas vezes os vizinhos ruidosos provocam reacções menos simpáticas nos vizinhos serenos. Quando estes procuram o silêncio para se concentrarem em algo importante, têm de sistematicamente ouvir o gritos de quem não sabe falar mas comunica com os decibéis bem acima do que o ouvido humano consegue suportar. Quando tentam combater uma noite de insónia, o vizinho ruidoso faz questão de mostrar que continua a haver vida no prédio.
Estes serenos sentem-se muitas vezes tentados a pegar em objectos e projectá-los contra as paredes que os separam dos vizinhos ruidosos.
É noite. Oiço o barulho do portátil. Oiço “perfeito vazio” dos xutos… um momento sonoro completamente controlado… eis que entra uma variável independente: o eco de uns saltos altos a passar na calçada.
O vizinho/vizinha ruidoso é sem dúvida o pior espécime que pode residir num prédio. Em especial se esse espécime habita directamente por baixo, por cima ou ao lado do nosso apartamento.
Estas criaturas são por norma dadas à exteriorização de emoções fortes. Eles discutem, gritam, arrastam a mobília noite e dia. Alguns deixam cair berlindes. Há ainda aqueles mereciam ser assinalados com uma bola vermelha no canto superior direito da porta em algumas horas do dia/noite.
Também há os que gostam de partilhar o seu gosto musical com todo o prédio. Nesta categoria por vezes inserem-se os vizinhos surdos cujo volume da televisão permite dar a conhecer as suas preferências televisivas a alguns andares do edifício. Os vizinhos com crianças, indirectamente, vêem-se categorizados como ruidosos dadas as dificuldades de silenciarem os pulmões dos bebés que choram, em particular no período da noite.
Muitas vezes os vizinhos ruidosos provocam reacções menos simpáticas nos vizinhos serenos. Quando estes procuram o silêncio para se concentrarem em algo importante, têm de sistematicamente ouvir o gritos de quem não sabe falar mas comunica com os decibéis bem acima do que o ouvido humano consegue suportar. Quando tentam combater uma noite de insónia, o vizinho ruidoso faz questão de mostrar que continua a haver vida no prédio.
Estes serenos sentem-se muitas vezes tentados a pegar em objectos e projectá-los contra as paredes que os separam dos vizinhos ruidosos.
É noite. Oiço o barulho do portátil. Oiço “perfeito vazio” dos xutos… um momento sonoro completamente controlado… eis que entra uma variável independente: o eco de uns saltos altos a passar na calçada.