domingo, 1 de abril de 2012

Medo de animais

Engraçado como há memórias que nos ficam marcadas para sempre.


Recordo-me na 4ª classe de termos de escrever a propósito de uma frase, mais ou menos assim: "Quando olho para os hábitos dos cães penso que o homem é um ser superior. Quando olho para os hábitos dos homens, confesso meu amigo que fico perplexo."

Na época, do alto dos meus 9 anos, escrevi um poema sobre um cão bom e um homem que matava. Creio que fui algo filosófica, embuida pelo espírito da frase sobre a qual a professora (ou a Dona Fernanda Cidália, como lhe chamei durante algum tempo) queria que fossemos levados a reflectir.

Na verdade sempre tive medo de animais. Cães, gatos, galinhas, patos... os meus animais de estimação eram seres de sangue frio, com os quais interagia sem receio de ser atacada, por isso tinha peixes, tartarugas e uma tentativa de adoptar um hamster, no qual só agarrava com um pano, não fosse o roedor morder-me!

Anos depois percebi que o meu medo se deve à incapacidade de antecipar a reacção do animal, de não saber como e quando irá reagir. Presumo que se trate de um mecânismo institivo de defesa.

Hoje estive com um cão e com um gato... e acho que cada vez tenho mais medo é das pessoas...