Há tempos ouvi uma conversa de uma senhora que ia sentada atrás de mim. Não retive muito do que disse, mas uma frase ficou-me na cabeça, talvez porque a ache de uma simplicidade e brilhantismo, que ultrapassa a velha máxima “as aparências iludem”. A dada altura a senhora dizia assim “eu não engano ninguém, as pessoas é que se enganam a meu respeito”.
Na verdade limitamo-nos a ser quem somos: com virtudes, defeitos, rotinas, manias, esquesitisses, paranóias, com valores, pontos de vista, ideias e ideais.
Na verdade limitamo-nos a ser quem somos: com virtudes, defeitos, rotinas, manias, esquesitisses, paranóias, com valores, pontos de vista, ideias e ideais.
Quem nos conhece está ciente de muitos eles. Já sabe o que esperar de nós, com algum grau de certeza.
Por sua vez, aqueles com quem mantemos relações superficiais, tenderão certamente a enganar-se. Talvez porque não tenham tido tempo de descobrir a nossa essência, limitam-se a reunir meia dúzia de dados que tomam certos. Munidos de frágeis juízos esteriotipam à velocidade da luz aquilo que somos,aquilo que fazemos, aquilo que sentimos.
Quanto a nós limitamo-nos a ser verdadeiros. Afinal, (como diria a primeira personagem interpretada por Diogo Infante na peça Preocupo-me Logo Existo) “aquilo que os outros pensam a nosso respeito, não é problema nosso mas deles”.