quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Episódio na fila de trânsito


17h30, fila na ponte 25 de Abril. O regresso à outra margem corria como previsto. Paradinha logo na saída a seguir a Monsanto. Eis que um carro pára ao meu lado. O vidro estava aberto, pelo que ouvi chamarem por mim. Um casal de septuagenários, muito caricato e simpático perguntou-me:

- Oh menina! Onde é que é a fila para a ponte? (diz o senhor)
- É esta… (respondi)
- A menina deixa-nos entrar na fila, por favor?! (diz a senhora)
- Com certeza pode passar! (respondi)
- Obrigado Amori! (diz o senhor)

Entraram na fila e quando nos separamos mais à frente, o senhor de braço de fora gesticulou um frenético adeus de agradecimento.

A isto chama-se “condução fraterna” (afinal somos todos irmãos). Ou condução com boas maneiras, onde imperaria o “com licença” e “obrigada”!

A verdade é que as mais das vezes o volante nos transforma… não em seres cor-de-rosinha, mas em ferozes monstros capazes de chacinar o condutor infractor, abusador, desatento, chico-esperto… os nossos instintos selvagens despertam e tornamo-nos PERIGOSOS!!!!