quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A eterna figura feminina da vida de um homem OU o complexo de Édipo

Quem é que não conhece a história de Édipo. A célebre personagem da mitologia grega que mata o pai e acaba por casar-se com a mãe. Segundo a lenda o Oráculo de Delfos previra que Laio, rei de Tebas seria assassinado pelo filho que casaria com a sua mulher Jocasta. Assim que o menino nasceu Laio abandonou-o num monte e pregou-lhe um prego em cada pé de modo a tentar matá-lo.

Édipo sobreviveu acolhido por uma família. Anos depois consulta ele próprio o Oráculo e tem a mesma previsão. Então foge sem saber que fugia da família adoptiva. No caminho encontra um homem com quem se envolve numa briga, acabando por matá-lo. Mais tarde derrota a Esfinge, o monstro, que aterrorizava o reino de Tebas. Casa-se e tem quatro filhos.

O homem que matou era Laio, seu pai. E a mulher com quem casou era Jocasta, sua mãe.

Mais tarde Freud recuperou a mitologia e aplicou-a ao desenvolvimento da criança. O chamado complexo de Édipo. Por volta dos três anos, a criança começa a sofrer proibições e deixa de poder fazer certas coisas porque é já é maior. A figura do pai representa a ordem cultural, a censura. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige-lhe sentimentos de hostilidade. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo odeia-o porque tem ciúmes da mãe, e afirma querer casar com ela.

Quando existem várias crianças numa família, o complexo de Édipo expande-se e passa a ser denominado complexo de família. Quando os filhos crescem, um dos meninos pode, com efeito, tomar a irmã como substituta da mãe, a qual não pode possuir somente para si, porque não conseguiu vencer seu rival, o pai.

A forma como se resolve o complexo edipiano influenciará a vida afectiva futura. Casos excepcionais à parte... resquícios, ficam sempre!

Como dizia uma colega minha. Na vida de um homem para além da mulher há sempre outra mulher… uma mãe, uma irmã, uma filha, ou até uma amiga daquelas que se perdeu a conta aos anos que se conhecem… e por mais asininas e caprichosas que sejam as suas ideias, concepções ou comportamentos, para eles estas terão sempre razão, simplesmente porque Sim!

À mulher resta-lhe um conceito… capacidade de encaixe!