quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"Efeito Pinóquio" ou "It’s in his nose"


Mal sabia Carlo Collodi quando no século XIX escreveu o Pinóquio que a sua história à volta de um nariz mentiroso teria um cunho de verdade científica.

Os investigadores Emilio Gómez Milán e Elvira Salazar López, da Universidade de Granada, em Espanha, levaram a cabo um estudo que conclui, não que o nariz cresce, mas que a ponta do nariz muda de temperatura cada vez que se mente. Consoante o tipo de mentira assim a temperatura oscila.

É o chamado “Efeito Pinóquio”. A temperatura do nariz desce quando a mentira envolve um grande esforço mental. Por outro lado, perante um grande ataque de ansiedade ocorre uma subida geral da temperatura facial.

Os dois investigadores do departamento de Psicologia Experimental daquela universidade espanhola, perceberam por exemplo que quando mentimos sobre os nossos sentimentos as mudanças de temperatura ocorrem no nariz. Quando temos sentimentos reais activamos uma parte específica do cérebro, a insula, que permanecerá inactiva se não “sentirmos de verdade”. Ora a parte do cérebro que fica activa perante o sentimento, regula a temperatura corporal, assim há uma correlação negativa entre a actividade desta estrutura e a magnitude da alteração térmica. Quanto maior a actividade do córtex insular (quanto maior o sentimento visceral) menor alteração térmica se produz.

Quando a Betty Everett em  1964, se questionava“Does he love me? / I wanna know! / How can I tell if he loves me so?”, e constatou “It's in his kiss!”, é porque ainda não conhecia este estudo na verdade it’s in his nose!!!!