Era uma vez uma tarde de Outono no estabelecimento prisional de Paços de Ferreira. Talvez inspirado pelo romantismo do cair das primeiras folhas um “recluso cozinheiro” teve uma ideia. Pegou no sabonete e no champô e esgueirou-se até à cozinha.
Encheu uma das marmitas (panela de grandes dimensões) com água e pô-la ao lume. Assim que ficou quentinha, desligou o fogão e saltou para dentro da imensa panela com os seus artigos de higiene. Começou a ensaboar a cabeça enquanto cantarolava e se deliciava com o luxuoso e relaxante banho de imersão.
Eis que o recluso foi surpreendido por um guarda que o levou ao director. Questionado com a ocorrência o prisioneiro explicou as suas motivações...
Gostava de tomar banhos de imersão quentinhos, e como só tinha acesso a duches frios diários e a um duche quente por semana, resolveu realizar o seu desejo… A graça valeu-lhe uma punição.
Ps. Apesar de contada à laia de anedota a história é verídica, vivida na primeira pessoa por um ex. Director dos Serviços Prisionais