domingo, 18 de abril de 2010

O Cérebro Feminino – Parte II

Deixo mais uma curiosidade acerca do cérebro feminino vs cérebro masculino, que consta do livro de Louann Brizendine.

“Até às oito semanas todos os cérebros fetais parecem femininos na natureza – o género feminino é um estado basilar.

À oitava semana, um grande fluxo de testosterona anula a condição unissexual do cérebro, matando várias células dos centros de comunicação e originando o crescimento de outras nos centros da sexualidade e da agressividade. Se este fluxo não ocorrer, então o cérebro continuará o seu desenvolvimento feminino.”


E é assim que os dois cérebros falam de desejo…

Florbela Espanca (1894-1930)
AMAR!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Almeida Garret (1799 – 1854)
NÃO TE AMO

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n 'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não