Há momentos em que as pessoas saem da vida umas das outras. Deixam de sentir que há laços que as unem. Acreditam que lhes faltam interesses em comum. Ficam magoadas. Já não têm nada para dizer. Ou simplesmente quando deixam de se preocupar em ficar.
Às vezes sentimo-nos tristes quando nos fecham a porta sem avisar. Quando desaparecem do nosso espaço sem nos explicarem porquê e sem que nós consigamos ter a percepção das suas motivações.
Outras vezes sentimo-nos tristes quando nos avisam que vão fechar a porta. Quando nos explicam porque é que já não lhes servimos, e nos dizem que deixamos de preencher os requisitos que outrora nos tornavam especiais.
Em certas ocasiões a porta fecha-se com o vento. Nem demos conta e perdemos o contacto. Quando olhamos para trás passaram anos, e agora reencontramos alguém que nos é familiar, mas que na verdade não conhecemos. Não sabemos o que faz a pessoa rir, o que a transtorna, o que a irrita ou o que a comove.
Um dia ficamos sós… noutro somos nós a ir embora…
É uma dinâmica incómoda e até desconfortável. Porém, enquanto umas pessoas partem... outras ganham espaço para entrar!